segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pó da Memória



Canso-me de ouvir o pó
Falar o que do tempo ficou.
Canso-me e sopro-o e ele espalha-se,
Ponto por ponto, imutável,
Que sempre ali estará,
Persistente,
Que sempre o soprarei,
Até que vá.

Porém, não quer ele partir.
É coberta onde se aconchega
A lembrança sonolenta.
E sacudo-a,
E novamente se espalha
Por ali e acolá.
Olhar remoto que observa,
Para sempre perdurar.

5 comentários:

Brid disse...

Wow, que foto tão linda! *.*

Adorei tanto o poema ^^ Muito simples, mas tão belo e cheio de significado :)

TU NAO ÉS UM SER VIL! MWAHAHAHAHAHA

Conversa Inútil de Roderick disse...

Pó maldito...

Carla Ribeiro disse...

O pó de todas as eras vividas e por viver...
Lindo!

Gothicum disse...

"Se compreendêssemos, nunca mais poderíamos julgar."
(André Malraux)


"Homem lembra-te que és pó e em te transformarás"

A eternidade do ser (o outro que não nos larga) sempre imbuído no nosso espírito...é um Karma...mas também é uma forma de fortalecer a própria alma. Abraços :)

Anónimo disse...

maravilhoso poema!
a bagagem que o tempo sempre traz…

beijo