domingo, 25 de outubro de 2009

Decaimento


Decay, by Sephiroths Heart

Decresço.
Do ínfimo ponto a que chamam alma
Sobram réstias de véus rasgados,
Antros molestados por térmitas
Da carne.

Floresço.
Que com pétalas murchas
Movo mundos mortos em dor,
Donde os gritos são cantos de musas
E Parcas.

Vivo.
Sabe a vida o que é viver
De crânio em mãos se a questão
Por saber é ser ou não ser,
Que não sou.

E morro.
Se não é a imortalidade que oiço,
Insanidade de mente caída
Esta que mendiga migalhas
Ao coração.

10 comentários:

HornedWolf disse...

É um dos teus que é dos meus favorita.

São estas coisas que têm de ser editadas.

Estética mui bela, temática poética, uma conclusão muito bem colocada.

Beijo

HornedWolf disse...

*favoritos

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Muito obrigada, senhor ^^

Beijinhos!

O BAR DO OSSIAN disse...

Mete n'O Bar. Deixa em rascunho.

Beijinhos.

Francisco Norega disse...

Soberbo, Leto.

Parabéns ***

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Já lá está em rascunho ^^

Bjs!
_______________

Obrigada Kiko ^^
Este foi dedicado a mim.

Beijinhos!

Anónimo disse...

Ei Leto, este poema está brutal! Para começar, a imagem está mesmo demais, eu gostava de saber onde é que arranjas imagens tão giras :D

Quanto ao poema, adorei esta parte:
"Vivo.
Sabe a vida o que é viver
De crânio em mãos se a questão
Por saber é ser ou não ser,
Que não sou."

Diferente, e certamente um dos teus melhores, dentro dos poucos que já conheço :)

Beijinho grande*

Priscila Sousa disse...

Uau .. adoro a maneira como dás fluidez ao poema :)

Beijinho

§ Sandy § disse...

Mais uma vez me encontro perdida na escuridão das sombras da multidao. Mais uma vez me sinto perdida nos caminhos que me viram crescer.

E mais uma vez, vejo uma luz, ténue, a vagear por cima de ti.

Obrigada, por isto, por tudo

Afonso Arribança disse...

Decresço, Floresço, Vivo, e Morro, ao ler o poema xD
Lindo, como sempre. Pensa seriamente em escrever um livro :)