quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O Fim do Passado
Ship, by Hymnodi
No dormente subentendido,
Falhei o golpe de morte inata.
Entrei na vaga maré vadia,
Voguei por vontades, sem vê-las,
Levado ao termo das tormentas.
E pereci por elas.
E que paraíso desencontrei,
Díspar do fogo do Fado onde ardo,
De cerne incandescente de afogado,
Nesse mar que ruge revolto,
Enterrado na terra nossa,
Do antigo Passado.
Memórias, lembranças…
Reminiscências remotas sem rota,
Caiadas no branco descolorido
Do que um dia era pintado,
Do mar o azul índigo,
E da terra o verde esperançado.
Aqui, morri contigo em mim,
Barco ao largo naufragado.
Coração meu, que me guiaste cego,
Tão cego, de mãos ao leme,
Agora decomposto, meu corroído Fado,
Que é o fim do Passado.
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7 comentários:
Desde que não deixes de escrever poemas, não faz mal que seja o fim do passado.
Gostei muito!
:')
Tão lindo! A sério, tanto sentimento que colocas lá.
"Aqui, morri contigo em mim"
Uau... que bonito ^^
Bolas, vais ter que tirar um dia para me explicares na íntegra alguns dos teus poemas :P ehehe
Brigada, Kath e Bonnie ^^
Fifi... isso dá demasiado trabalho xD
Se não compreenderes alguma coisa... deixa simplesmente fluir! ^^
Amei este poema!!!
E olha que sou bastante crítica no que toca à poesia : )
Parabéns, está lindo mesmo!
Abraço
Muito obrigada ^^
Beijinhos!
Fazes-me lembrar um pedacinho de mar que vi de relance, mas fixei,algures na Cantábria...
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