quarta-feira, 21 de julho de 2010
O Suspiro das Pétalas
.Wind, by masKade
O Luar que alumia o horizonte remoto,
Transcreve-se nas pétalas efémeras
Que um dia murcharam sob o teu olhar.
Cada pétala espelha-se num suspiro cantado,
De tom soprado à subtil brisa do vento,
Que foi um dia o respirar.
Um suspiro que se expirou
Foi o escutado provindo de tão bela flor
Nascida do Sol da madrugada.
O despontar do perdido que se adensa
Por cada desabrochar que vai sendo luz
E cegueira, à vista magoada.
Que não vês o sentir que baila serpenteante,
Coberto de veludos nesse prado florido
De espinhos que tacteias.
As agulhas floridas são de toque melífluo,
Ínfimas abelhas que de flor em flor passeiam,
E te recolhem o mel das veias.
E a tua semente é abandonada na terra,
Submergida na espera do Tempo,
Sem ver que destino é o seu traçado.
Cantará assim teu sangue ao Luar,
Lembrando os dias em que era Vida
Sem vida e faminta pelo Fado.
No embalo do resguardo da Noite,
Suspiros de pétalas cantadas
São hoje o esquecimento.
Pintada a negro sobre o que era cor
Soprou a voz das Eras desbotadas
E escutou-se o uivar ledo do vento.
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1 comentário:
O sentir que ecoa no suspiro do olhar floresce a cada luar....
Blood Kisses
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