sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Por vezes, canso-me de estar vivo


Acheron, Reinhold Kukla (1902)

Por vezes, canso-me de estar vivo
E sigo em passo incerto,
No limiar do crepúsculo que me estende a mão
E do sussurro da escuridão.

Vejo, no entanto caminho cego,
E a cada dia aguardo o amanhecer;
Tanto aguardo, que por vezes meu coração
Sente que aguarda em vão.

Porém, nunca paro.
Ela segue diante de mim,
Inspirando a vontade e prostrando a hesitação;
É à Esperança que dou a mão.

*

Sometimes I get tired of being alive
And I walk in uncertain step,
On the threshold of twilight that reaches out to me
And the whisper of darkness.

I see, but I walk blind,
And every day I wait for dawn;
I wait so long that sometimes
My heart feels that it vainly waits.

However I never rest,
Because It follows before me,
Inspiring the will and prostrating the hesitation;
It is to Hope that I give my hand.

Ayalal,
18.Sarenith.4711

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