sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Espadas


Passos melífluos são esses teus que danças,

Singelos, de espadas cruas e frias.

Essas que não conhecem dono,

Essas que deslizam suaves,

Por encantos que conhecias.

E sem amor amado,

Fieis ao sangue que se destila,

Correram, de lado a lado, o peito

Que no seu seio sustia

Cada pedaço despedaçado,

Dissolvido nas cadentes brisas

Do eterno fado que perdias.

7 comentários:

Kath disse...

Gostas de espadas, não é, Leto? Lindíssimo poema, quase se ouve o aço a deslizar e as respirações moribundas.

Anónimo disse...

brincadeiras de espadachim com as palavras?
Ou és amante de Tarantino?
Possivelmente gostas do brilho das lâminas e da sua esterilidade antes de banharem o sangue?

O que importa é que no meio dos teus gostos desaguou uma das suas obras que foi muito boa. Uma obra poética cingida a um poema no reino encantado das armas brancas.

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

É verdade, eu adoro espadas! E variadas armas medievais, como bonitas adagas, arcos, bestas, alguns machados...

Bigada aos dois ^^

Ana Beatriz Frusca disse...

Que belíssima poesia!
Há valores que se entranham no espírito a despeito da espada, entretanto,a sonoridade desse poema fez-me ouvir o tilintar de uma espada contra a outra.
Obrigada por tua visita e teu comentário!

Dark kiss.

Ana Beatriz Frusca disse...

PS:Volte sempre que te apetecer.

Blood Tears disse...

Maravilhosamente lindo......
As espadas cruas e frias podem trazer o calor de quem as empunha num duelo eterno....
Adorei!

Blood Kisses

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

Esse duelo só será eterno, caso seja entre imortais.
Se não fôr, as suaves lâminas encarregar-se-ão de cada um dos guerreiros, provando o sangue que tanto amam.

Obrigada ^^