quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Morte!


Morte às armas, morte aos barões!
Morte! Que o destino a espada é trespassado
Por sedentos e vis leões.
Morte! Que desgraçado é este Passado
Nas garras do tempo apagado.

Morte ao Império, morte às lembranças!
Morte! Que a esperança, essa última já morreu,
Nas ameias que entranças.
Morte! Que os mortos são o que prometeu
Aquele Futuro nosso que se perdeu.

E que Presente é este, meio morto,
Que se não dá ao prazer da vida?
É o que se esvai, de pensar, absorto,
Nos erros da vida ida.
Por isso, Morte! Que a vida é fingida.
(Dedicado aos grandes poetas Luís de Camões e Fernando Pessoa)

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