Vontades vagueiam vãs, serras minhas
E palmilham pontes de bruma que as alumiam.
Param e perscrutam terra essa intransponível,
Param e refutam-se, conflito só de único,
Condado que alcançam de fútil
Caminhar que as guia sem destino.
E continuam, tropeçam, caiem cansadas,
Trôpegas de desensaiadas ao mero cansaço da razão.
O lógico consome em carne viva pegadas pioneiras,
Desagrado que o ultrapassa e se evade,
Mas não primado em sorte de sozinho,
É alvo certo de concreto à fúria irracional da lógica.
Desfecho é este de desilusão. Inveja e luxúria.
Pois dá-se a mão à razão e ela devora o braço e o corpo,
Controla a alma e desfaz o coração cadente,
Que de perigoso a aponta como inimigo a abater.
É injusta maldade, esta, a da inimiga do Sentir,
Inimiga do Olhar e inimiga do Pensar.
Ah! Então erguei-vos, Vontades caídas, não desistis!
Caminhai de arma em punho e brasão ao peito,
Escudai-vos dela, animal matreiro, brusco monstro,
Escudai-vos e de cordeiro tornai-vos leão!
E mostrai-lhe que de razão nada tem, a assassina.
Mostrai que divina é a vossa vontade e vencereis.
E palmilham pontes de bruma que as alumiam.
Param e perscrutam terra essa intransponível,
Param e refutam-se, conflito só de único,
Condado que alcançam de fútil
Caminhar que as guia sem destino.
E continuam, tropeçam, caiem cansadas,
Trôpegas de desensaiadas ao mero cansaço da razão.
O lógico consome em carne viva pegadas pioneiras,
Desagrado que o ultrapassa e se evade,
Mas não primado em sorte de sozinho,
É alvo certo de concreto à fúria irracional da lógica.
Desfecho é este de desilusão. Inveja e luxúria.
Pois dá-se a mão à razão e ela devora o braço e o corpo,
Controla a alma e desfaz o coração cadente,
Que de perigoso a aponta como inimigo a abater.
É injusta maldade, esta, a da inimiga do Sentir,
Inimiga do Olhar e inimiga do Pensar.
Ah! Então erguei-vos, Vontades caídas, não desistis!
Caminhai de arma em punho e brasão ao peito,
Escudai-vos dela, animal matreiro, brusco monstro,
Escudai-vos e de cordeiro tornai-vos leão!
E mostrai-lhe que de razão nada tem, a assassina.
Mostrai que divina é a vossa vontade e vencereis.
7 comentários:
"Um homem livre é aquele que, tendo força e talento para fazer uma coisa, não encontra barreiras a sua vontade."
(Thomas Hobbes)
Às vezes a razão é contra as nossas vontades o que torna o acto mais difícil de decidir. Excelente poema, bem e a música é divinal. Abraços.
Bem-vinda a O Bar do Ossian.
Abraço lusitano!
Pois é, Leto of the Crows.
Faziam-me já falta as tuas palavras. Dos sentidos tão estranhos quanto estimulantes, numa verdadeira tradição surreal - se é que eles aceitariam essa palavra "tradição".
Destes dois últimos textos que li (depois venho ao resto) desprende-se contudo uma certa coerência, transversal, de fronteiras a conquistar, de despertares, de vitórias, do bom orgulho.
Sempre um gosto,
E um beijo
Gotik Raal
Ah, que bonito! ^^
Quem me dera escrever tão bem como tu! :)
Ah pois é.. que razão tens tu ao apontar tal imensidão do conflito e desafio da razão a tentar perceber o coração que não conhece tal racioncinio.. no entanto de razão pouco temos ao seguirmos o caminho dos sentidos.. o caminho é para ser seguido.. por vezes pensado, por vezes sentido..
:) Muito bonito.. e vê lá tu bem que eu li e percebi logo hehe
Beijinhos
Priscila
Está na hora de mais um postzinho... ;)
Pois está, mas ultimamente o tempo tem sido fugidio e não o consigo alcançar... =(
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