Sonho o Inverno no teu cabelo
Níveo, gota a gota, que derrete
Íngremes picos, frondoso gelo
Na Primavera que te acomete.
Conténs em ti a semente dita
Ser, em repouso e hibernação,
Latente, como quem hesita
Em abrir o coração.
Tão pétreo e frio,
Tão desprovido à despedida,
Toco-te o rosto, de mão estendida.
E abraço, abraço esse frio,
Que em toda a emoção escondida
Não há vazio, há vida.
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