Fora um dente de leão, no primeiro dia em que o vi. Hoje era um pompom que aguardava a brisa. Vestira-se de branco, como uma noiva no altar, e estendia os braços ao alto, esperando que o tomassem. Oscilava, bailando sozinho. O seu par tardava em vir.
Foi quando o arranquei de modo brusco. Ele estremeceu de medo, sem saber o que lhe aconteceria a seguir. “Seria aquilo o fim do seu sonho?” perguntou-se. Não queria acreditar que, depois de toda aquela espera, acabaria assim.
Limitei-me a sorrir, antes de acabar com a ânsia daquele pequeno pompom. Inspirei profundamente e depois soprei com força, criando o vento tão almejado. Podia jurar que o ouvi a rir-se de alegria quando foi tomado pelo sopro e se quebrou em múltiplas porções. Flutuou até encontrar uma vaga de vento verdadeiro que o tomou nos braços e bailou com ele, afastando-o de vista.
Suspirei e olhei para o que restava. No topo do caule ainda ficara uma pequena parte representativa da vida latente do dente de leão. Voltei a soprar, mas a semente estava bem presa, como se não fosse seu desejo voar e viajar pelo mundo. Depois de pensar um pouco, tirei-a do caule com a ponta dos dedos e deixei-a cair ao lado do sítio donde arrancara a planta que outrora fora.
Talvez ela quisesse simplesmente permanecer na segurança do vaso do meu quarto, para florescer sem preocupações e sonhar com a brisa.
Foi quando o arranquei de modo brusco. Ele estremeceu de medo, sem saber o que lhe aconteceria a seguir. “Seria aquilo o fim do seu sonho?” perguntou-se. Não queria acreditar que, depois de toda aquela espera, acabaria assim.
Limitei-me a sorrir, antes de acabar com a ânsia daquele pequeno pompom. Inspirei profundamente e depois soprei com força, criando o vento tão almejado. Podia jurar que o ouvi a rir-se de alegria quando foi tomado pelo sopro e se quebrou em múltiplas porções. Flutuou até encontrar uma vaga de vento verdadeiro que o tomou nos braços e bailou com ele, afastando-o de vista.
Suspirei e olhei para o que restava. No topo do caule ainda ficara uma pequena parte representativa da vida latente do dente de leão. Voltei a soprar, mas a semente estava bem presa, como se não fosse seu desejo voar e viajar pelo mundo. Depois de pensar um pouco, tirei-a do caule com a ponta dos dedos e deixei-a cair ao lado do sítio donde arrancara a planta que outrora fora.
Talvez ela quisesse simplesmente permanecer na segurança do vaso do meu quarto, para florescer sem preocupações e sonhar com a brisa.
15 (2) - Sopro
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