Sou o acaso determinante,
E o determinismo de todo casual.
De foice em punho e mão estendida,
Para o ousado que é distante,
Dito o pretendido e o informal.
Clamam-me alto, Demónio e Deus,
O Fado que baila com o respirar.
Somente o juiz cego que vê no réu
A partícula por escolher de entre os seus
E tudo o que na existência há por julgar.
Erijo assim o que no Mundo deveria ser,
Não selecciono o próspero que domina.
No vasto grito íngreme das Leis,
Do Nada escolho o Tudo do nascer,
E do Tudo escolho a neblina que é a Vida.
11 comentários:
Isso lembra-me as aulas de cultura moderna, com o sexo a nove. xD
O sexo a nove?
Estás a ver como resulta? ;p Estudar nunca pode ser aborrecido quando o fazemos também com a imaginação.
O Darwin, como um cão, acha que o mundo é simples.
Quer dizer, pobre do cão. O cão é simples no bom sentido, como simples é a neblina que é a vida (mas caótica). Darwin é, é linearmente básico, excepto pela sua intuição de algum atavismo e a sua "lei do mais forte" (repleta, porém, de imperfeições obvias a respeito da própria).
Mas isso sou eu, que, estudando-o e admirando o seu trabalho, o detesto.
PS. o exercicio intelectual (estudo) sem a imaginação é como viver-se vegetalmente, sem sentidos. a imaginação é, ela própria, um sentido, o intelecto um organismo.
Pobre Darwin, já não lhe basta ser detestado pela igreja, agora também tem que te aturar :p
LOL. É ele e a Igreja :P
Pobres demónios da alma que o atormentam :P
Grande poema :)
P.S. Eu gosto do Darwin :P
Captei a genialidade do poema. É raro.
Muito agradecida ^^
Enviar um comentário