Rompem-se os fios que lhes prendem
Pulsos partidos por coser,
Rompem-se e desaguam do céu,
Rio de pedra a pedra, dilúvio d’escorrer.
Unem, ferem, fendem-se d’ablação
De ser unido e não ser,
Que é a fúria que as leva contidas
E apartadas no chover.
Pois caem donde o fogo caiu,
Queimam d’álgido o que é viver,
E degolam, degolam todo o tudo,
Tomam de si o perecer.
E fluem.
26 - Fúria
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