Revejo rotas distantes percorridas,
Baixios densos de pantanosos,
Paisagens desertas de denegridas,
E altos que se elevam, grotescos,
Acima do abaixo do que ainda virá.
Arrependo-me mas continuo, sem ver,
Sempre para cima, espreitando
O que de baixo, cego, me espreita
Com finda fome de comer.
Arrepio-me e vacilo.
Os dentes estropiados esperam-me
Baixo, tão em baixo do percorrido.
E pergunto aos céus que me acenam,
Surdos santos ao meu apelo:
«Como ousei fazê-lo?
Desafiar gravítica força dos deuses,
Dada tormenta de crentes?»
Pois sim, desafiei-os,
Guerra aberta ou vão esforço.
Diria-me insano, não fosse o querer voltar.
Mas não voltei…
Escorreguei,
Escarpa abaixo, fragoso trilho.
Caí perdido sobre a boca em brecha
Daquele meu desafio.
(ultimamente não tenho andado mesmo nada inspirada...)
2 comentários:
Não é tão lindo como os outros, mas é marcadamente teu e bonito à mesma. Quem me dera a mim que as minhas falhas de inspiração fossem como as tuas.
Nas tuas falhas de inspiração não escreves, que era o que eu deveria fazer xD
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