Qual deusa de intempéries
Sopras de dentro vento teu,
Folgo insano de rebelde,
Esse doce canto que a mim impele,
A devaneios loucos de Romeu.
Bailas vinganças, minhas ditas,
À voz mansa do destino
E hesitas dardejos de esperança,
Inocente, és qualquer criança,
Em perdido desatino.
Ao que a natureza negou
Cicatrizes de mão estendeste,
Aberta de cruel desventura.
Mão que finou tortura
Simples, do nó que prendeste.
Mas que prisão é esta agora?
Sei-a corrente e presa em mim,
Claustro de misericórdia a tua.
Prevejo, visão minha nua,
Horrores que me trespassam, espadachim.
Pois espada arguta é essa,
Com qual danças, sereia.
Romeu sou eu, caído,
Quiçá, por ti perdido
Nos negros rochedos da areia.
Sopras de dentro vento teu,
Folgo insano de rebelde,
Esse doce canto que a mim impele,
A devaneios loucos de Romeu.
Bailas vinganças, minhas ditas,
À voz mansa do destino
E hesitas dardejos de esperança,
Inocente, és qualquer criança,
Em perdido desatino.
Ao que a natureza negou
Cicatrizes de mão estendeste,
Aberta de cruel desventura.
Mão que finou tortura
Simples, do nó que prendeste.
Mas que prisão é esta agora?
Sei-a corrente e presa em mim,
Claustro de misericórdia a tua.
Prevejo, visão minha nua,
Horrores que me trespassam, espadachim.
Pois espada arguta é essa,
Com qual danças, sereia.
Romeu sou eu, caído,
Quiçá, por ti perdido
Nos negros rochedos da areia.
5 comentários:
Se as sereias do Ulisses tivessem sido como esta tua, não tinha tido tanto trabalho para as passar. : P
Que mal tem a minha sereia? Ela também é má! Mas não é... é mais ou menos, depende dos dias xD
Quando a Lua está cheia, ela é má; quando a Lua está assim meia esvaziada, é simpática hihi
Está sublime este blogg. Parabéns!
Gostei muito de o visitar.
Breizh da Viken
Leto,
É sempre um prazer ler o que escreves, as tuas experiências de palavras e sentidos. Tem um espaço coerente, aqui.
Beijo,
Gotik Raal
Bem, nada mais posso fazer senão agradecer tão amáveis palavras ^^
Beijos!
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