Há, no olhar do transeunte, um véu corrido,
Baço,
De quem vive só para ouvir bater o coração,
Que bate parado.
Olha, como quem nada vê no detalhe do complexo
Que o toca,
E não há lágrima que magoe pela dor de outrem.
A mortalha envolve a alma que a cerziu
Num padrão de malhas indiferentes,
Ignorando o verme que, sob os pés carcomidos,
É reflexo seu.
O transeunte passa e tudo o resto passa com ele,
Mas fica,
Do lado de fora do olhar.
Ayalal,
05.Sarenith.4699
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