quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Aroma a Amora (acróstico)


Ainda o Sol passeia;
Respira o toque do seu doirar.
Ontem eras cor de floresta que anseia
Mil tons do que encandeia
A essência do maturar.

Amadurece.

Amanhã tuas bagas serão
Murmúrio de negra veste,
Olvido do sangue que ungiu coração.
Retorna ao toque de ser silvestre,
Aroma doce, que és Verão.


Amoras Silvestres, foto de Carina Portugal


















28 - Amora

sábado, 25 de janeiro de 2014

Volta quando Voltares

Girl Standing at the window, Salvador Dali (1925)
Volta quando voltares,
Que no regresso se esvai
Saudade densa que é nuvem
Plúmbea e chuva que cai.

Não permitas que se atrase
Ou seja perda que se desfez
O espírito que tomou caminho
Um passo de cada vez.

Que te espera o que ficou,
Mutável porém de essência sua,
Só, na unidade que faz a multidão,
Só e de alma nua.

Espera-te na cadeira do Tempo,
Mãos no regaço, de olhar além.
Apega-se ao triste tom grisalho,
Quiçá à espera de ninguém.


27 - Reencontro