terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Pouso meu mundo em tuas mãos


Pouso meu mundo em tuas mãos
Ternas, eternas,
Conquanto efémeras,
E vivo acordado um sonho
Que do singelo e belo entrança
Nuances de teu sorriso, botão de flor,
Pétala a pétala, romance e cor
Viva que tinge a lembrança
De meu amor.

*

I rest my world in your tender, eternal,
Although ephemeral, hands,
And, awaken, I live a dream
That from the simple and beautiful weaves
Nuances of your smile, flower bud,
Petal to petal, romance and bright colour
That dyes the reminiscence
Of my love.

Ayalal Duruvan

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Tão certa quanto a mentira


Tão certa quanto a mentira,
Minha palavra hesita.
É indecisão deixá-la partir,
E certeza que seu tardar
Corrói o que de mim
Se deixou ficar.

*

As certain as the lie,
My word hesitates.
It is indecision to let it go,
And certainty that its delay
Corrodes the part of me
That remained behind.

Ayalal Duruvan

domingo, 3 de janeiro de 2021

Quando a Morte a mão estender


Quando a Morte a mão estender,
Atenta e escuta a Vida:
Ela é sussurro e ária na brisa
Que dança desde o nascer.

É de todos e de ninguém,
E conta uma história invulgar.
Quiçá esteja a tua por terminar
Nos lábios que não tem.

*

When Death reaches out,
Watch and listen to Life:
It is whisper and aria in the breeze
That dances since birth.

It is everyone's and nobody's,
And it tells an unusual story.
Maybe yours is still to be finished
On the lips it doesn't have.

Ayalal Duruvan

sábado, 2 de janeiro de 2021

Somos escravos do parecer


Somos escravos do parecer
Que precede a razão,
Reunindo em nós as que são
Falácias do crer
E verdades em vão.

Ayalal Duruvan