Longe senta-se o
olhar,
Mãos pousadas no
regaço ledo,
Atenção vasta no além
do mar,
Quando o alcançam
sussurro e segredo
Vindos do mundo a
marear.
Aportam a seus pés
desnudos,
Levados à areia por
volúveis ombros,
Fortes de escuma em água
e ar unos.
Enviados são,
erguidos dos escombros,
De alma deitada aos
mares profundos.
Ao olhar reflectem a
réstia passageira
Que se arrasta pelos
trilhos dos que são
Terra e Mar em união.
Foram do mundo essência
verdadeira
E conquista lançada
ao vento,
Qual semente sem
rebento.