domingo, 24 de junho de 2012

Longe Senta-se o Olhar



Longe senta-se o olhar,
Mãos pousadas no regaço ledo,
Atenção vasta no além do mar,
Quando o alcançam sussurro e segredo
Vindos do mundo a marear.

Aportam a seus pés desnudos,
Levados à areia por volúveis ombros,
Fortes de escuma em água e ar unos.
Enviados são, erguidos dos escombros,
De alma deitada aos mares profundos.

Ao olhar reflectem a réstia passageira
Que se arrasta pelos trilhos dos que são
Terra e Mar em união.

Foram do mundo essência verdadeira
E conquista lançada ao vento,
Qual semente sem rebento.

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