Treme entre os alicerces do que é
Hoje o contraforte do Homem,
Treme e expira a vida que é fé
A consumir o que consomem,
Quanto do que não é seu
E tudo o que é teu.
Treme e arranca-lhes as raízes
De ferro, que te magoa
A audácia da cobiça. Predizes
A queda da falsa ave que voa,
Sob a terra, sob o mar,
Vida tua que irás tomar.
Não contas o tempo, anos e Eras
São suspiros dos que vão.
Esses incontáveis, almas meras
Mas tão cerne de coração.
Treme e toma tudo, és Natura, Mãe e Pai
Daquilo que é e do que se esvai.
Sismo de Lisboa de 1755, artista desconhecido |
2 comentários:
AMEI!!!!!
Escreves tão bem!
Fico sempre à espera do próximo!
Beijocas
Muito obrigada, Marisa :D
Fico muito contente por saber que gostas, mesmo muito!
Beijinhos
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