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God of Thunder, by Suirebit
Do Nunca era aquele que se perdeu
Lá em manhãs de gelo áureo.
Acerbo de paladar corpóreo,
No tinir álgido de pedra dura.
Sendo ele o que ficou tisnado
De fogo em frio, assim queimado,
Lá no Nunca das Alturas.
Que quem o via bem dizia
“Ai de nós, que se nos dissolve o pranto,
Do peito caído, de coração aberto”,
Conquanto se queda desta altura,
E demorada a queda é vontade
O voar plúmbeo da verdade
Viva se vã que das alturas o esconjura.
Mas ele não cai, é perene ao frio
E do vento irmão de comunhão sagrada.
É sabido assim deus do que foi,
Do Nunca que um dia marchou
Nas alturas do devaneio em vida,
Real ventura a que foi um dia
E que ao largo em si ancorou.
Então, aqui fica a lenda,
Dos que ascenderam e tombaram.
Fica, mas não se esvai,
Que o almejar é perpétuo querer
O de um dia esse deus despertar,
E ao seu povo dormente retornar,
Das alturas a que se elevou ao morrer.
Dedicado a'O Bar do Ossian
6 comentários:
Ultimamente não consigo escrever nada e tu escreves sempre e tão bem. É injusto!
Não é nada do que dizes! Tu escreves mui melhor que eu! ^^
Mesmo lindo *.*
Eu quero ver quando é que me dedicas um poema :P
Quando deixas de escrever poesia genial como esta? xD
Linda como sempre :)
"Do Nunca era aquele que se perdeu
Lá em manhãs de gelo áureo.
Acerbo de paladar corpóreo,
No tinir álgido de pedra dura."
Destaco esta parte pela expressividade.
Beijinho.
Distingui-te no meu blog. Não precisas colar selo, nem fazer nenhum jogo. Mereceste o prémio, simplesmente :)
Muito obrigada, Afonso ^^
_______
Vá, Fifi, eu dedico-te um poema quando fizeres anos :P
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