Do correcto, o descontente
Revolve a terra.
Insinua que é demente
O dito que se quer escrever,
Insiste e grita, desmente
A verdade que rente
Desponta ao amanhecer.
A voz é tão alta que cega
Os ouvidos e ensurdece
A mente que se agrega,
Sem consciência, sem ser,
Néscia, tanto que renega
Apego ao que era
Opinar e saber.
E di-la daninha, a verdade,
Que daninha seja se persistir.
Que nomeie a raiz de profundidade,
E as folhas de perseverança.
O caule que persista à vontade
De vergar à sagacidade
De quem mata a esperança.
Só assim irá florir.
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