The Crystal Ball [with the skull], J. W. Waterhouse (1902) |
Num sussurro há quem nada diga,
Há quem sussurre fadiga,
Do mais inato da palavra.
Há quem rumine a’marga vida,
Que nesse resmungo há quem diga
Que é tão só mentira,
O que há a falar.
E ele paira, persegue a’udição. Sussurro,
O que há em ti de impuro,
E quanto de ti é verdade?
Conheces a palavra embuste, escuro
Intento que é objecto e conjuro,
Porém segredo não dito
Que há a contar.
Quiçá confissão, ou então declamar
De um verso sentido do enamorar
Tímido e confuso.
Quiçá sussurro não dito, que há sussurrar
Que é baixo, tão baixo no seu falar,
Que a palavra se extingue,
No que há a pensar.
4 comentários:
Lindo, lindo!!!
Adorei este poema e não resisto a partilhá-lo no meu blog.~
Beijocas e bom domingo
Muito obrigada, Marisa! Sente-te à vontade de partilhar onde quiseres ^_^
Beijinhos e boas leituras
Very beautiful! Lindo :)
Gracias :D
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