sábado, 23 de abril de 2011

Sem título

Como uma ave que canta
Ária de sentimento e sabedoria,
Tisnaste no papel de seda
Istmo, promontório e vereda
Acesa no sonho que alumia.

Singraste e calcorreaste
Olvidada montanha e campina.
Finda a viajem em porto seguro,
Içaste velas e saltaste o muro:
Azul é o céu que se te destina.

Abres, então, asas e foges
Levada na brisa de semente.
Ares os teus serão clareira,
Orla, bosque soltos na corrente.

Gostarias então de lembrar
O que para trás se deixou.
Narrar o semeado nos vales,
Contar sobre o que ousou
Amanhecer na noite caída.
Lendo, lembrança é assim dita,
Vista no espelho do passado.
Eterno pensar repensado,
Semente crescida, és Vida…

(Acróstico para uma das fitas que tenho de escrever xD)