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Seguro nas mãos o mundo.
Descrevo-o como esfera imperfeita,
E cada contorno desnudo,
É um sonho que me deleita.
Quantos não são, então,
Os sonhos que habitam em si?
Infinitos, por coração
Que vive escondido de mim.
Encobrem-se nos sussurros mudos
Dos bosques feitos de pedra
E nas alturas dos muros turvos.
Pensam voar e não voam, não.
Caiem e deslizam pela superfície
Das rugas e contornos do que são
E rasgam a mente, definham
A Utopia em sonhos maus...
Que estas mãos agora sustinham
Somente uma esfera do caos.
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