A morte dura um instante eterno
Que te afasta, passo a passo,
Pelo caminho que é incerto
E por um plano que é tão vasto.
Encontrar-te-ei nesse ermo
Que se agiganta na vastidão?
Alcançar-te-ei no deserto
E tomar-te-ei a mão?
A crença pela qual rezo
Treme, teme e vacila,
Na alma que é mar aberto,
E num coração que oscila.
Mas contra o peito aperto
A que sempre será divina:
A esperança no que não é certo
E que é certeza destemida.
*
Death lasts an eternal instant
That moves you away, step by step,
On the path that is uncertain,
In a plane that is so vast.
Will I find you in that wilderness
That looms large in the vastness?
Will I reach you in the desert
And take your hand?
The belief I pray for
Trembles, fears and falters,
In the soul that is open sea,
In a heart that wavers.
But against my chest I hold
What will always be divine:
Hope in what is not certain
And that is fearless certainty.
Ayalal Duruvan,
01.Lamashan.4711