terça-feira, 7 de outubro de 2008

Esperança

Não, não me deixes tu,
Tépida esperança do Viver,
Não apartes para as distâncias
Que essas vis te destroçam,
E mais que tudo te quero,
Para outros querer.

Pois ânimo és tu, o meu,
Nas reentrâncias da Vontade.
Oh! Ninguém crê, mas tu crês,
Que nada mais é a loucura
Que devaneios da verdade
De essência sua a mais pura
Esquecida do cego mundo
Que de tudo já nada vê.

Sopra que te oiço,
Sopra para outros te ouvirem
Neste cansaço meu.
Que soprei sem que me ouvissem,
Soprei em vão.

Resta-me tudo, mas nada tenho.
Só tu me esperas agora
Na indíspar solidão.

5 comentários:

Kath disse...

A Esperança às vezes consegue ser uma fdp de todo o tamanho. Nhe. Mas o teu poema é como todos, excelente. ^^

Blood Tears disse...

Sopra as palavras que sussurras nestas letras desenhadas,a solidão é névoa da loucura dormente....

Blood Kisses

Hélia Pereira disse...

ah a esperança

é o eterno contentamento de muito ^^
a ideia que tudo pode ficar melhor, se se tiver esperança...

ta fixe o teu poema, sim

embora eu não tenha esperança

"não há nada que esteja tão mal, que não possa piorar"

Kiko disse...

Está bom, como sempre ^^
Começo é a achar os teus poemas demasiado negativos ò.ó

Gotik Raal disse...

Leto of the Crows,
As palavras fazem estranhos sentidos, nas tuas mãos. Mas é uma estranheza pulsante, sim. Apelativa. Luzes e sombras em nosso redor.

Gotik Raal