
E continua. Mergulha nas entranhas que se esvaem de pútridas, aspirando fedor e perfume de defunto crédulo, aquele que ali se findara. Findara sem se perder, tão requieto no seu morrer que diria vivo sem o ser, adormecido em sonho posto. Porém não lhe interessa o fútil do decair.
E continua, sorvendo lenta a mácula seiva do descoro, veia após veia, órgão após órgão. E pára. Escuta e absorve. E recua. Murmúrio agreste sente gritar vindo dali. Dali onde o Tudo se extinguia, dali onde o Nada era senhor poderoso, grão-duque da vontade e do desprezo e do ego enfermo.
Retrocedeu, passo ante passo, pois ali não era esperada. E saiu. A Vida nunca entraria nos domínios do Nada. E, corpo de coração que assim faleceu, é reino incontestável e indigno da vida perdida.
5 comentários:
Eu gostei, Leto. ^^
Não gostaste nada! Foste possuída pela Balizini ou Manzani, ou seja lá o que o fantasma se chamava?
(Não vos perdoo... eu fui o alvo a abater em quase todo o RPG e não fazia mal a uma mosca...)
Eu já não sei o nome. xD Mas aquilo foi tão giro, e eu ia morrendo para te salvar. ^^ E a Disga tinha uma personagem excelente. x)
Nem sei como é que não levei com uma boneca de porcelana na cabeça... ou com a pá que o Pho trouxe xD
"Querida imaginação, o que mais me agrada em ti é nunca perdoares."
(André Breton)
Muito bom Leto. Desses dedos saem sempre escritos divinos.Abraços
Enviar um comentário