Olvido sopros de sussurros que cantas,
Ai de mim se os oiço!
De onde o encoberto oculta, às tantas,
Salta bicho que escondo.
E correrá livre, maldição!
Dirá o que não digo a ti, amigo,
Dirá o que minto ao coração,
E dirá ditos de sonhos contigo.
Não posso. Visto-o a negro.
Calo-o e que chore em murmúrio.
Que se lute, do tempo segredo,
Que se disfarce e oculte, mau augúrio.
Se o ama, porque não amar-me,
E não matar-me neste falecendo?
Amordaço-o e bato-lhe. E ele espicaça-me!
Continua cruel, vingativo mordendo.
Oh! Segredo és tu de crime em sangue
Escarlate de assassínio oculto.
E corpo sou eu, teu, exangue,
Nas brumas rubras do veludo.
Chamam-lhe amor… que mentira!
É tortura e martírio vivo.
Dizem-no virtude, eu digo-o ira,
A que tenho para comigo.
3 comentários:
"A embriaguez e o amor revelam os segredos."
(Grynaeus)
...que os teus sejam tão bons quanto o teu escrito...abraços
Os meus segredos? Bons? Hum... não sei não xD
Obrigada pelo comentário ^^
Beijinhos!
Gostei especialmente do final.
Teu. ^^
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