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Body and Soul, by -Sylph-
De quanta da alma rubra
Sabe o Ser nos dizer,
Se expectante se destila nula,
Vazio imberbe do saber?
Pois não sabe a conta
De em quantos fragmentos pintou
O limite do ser, a afronta
Do não saber, que se quedou,
A marca corpórea do espírito,
O ponto aberto à alma.
Cerrou-se ao corpo o desdito
Invólucro interior que o embala.
Então, acordou o dormente,
Orbes vítreos de não ver,
Pintados em cor de demente,
Rubra a mancha do ser.
Que era em sangue o traje vestido
E o trilho suave demarcado.
Este morto, aparente no vivo
Carnal, do corpo pecado.
E estirada a vida sem Ser,
De espírito morto liberto,
Ledo sabe o sossego de ver
Esse limbo de mundo incerto.
Aquele onde, por fim, floresceu,
De pétalas assim marchetadas
Em miríades de espírito meu,
As sapientes almas danadas.