segunda-feira, 11 de maio de 2009
Suspiro
Embalo-me com um suspiro fraco,
Que se fica no caminho percorrido.
Tão cansado, que se rasga no asfalto,
Tão só, que rasteja sem s’erguer,
Tão triste, que o pranto cantado
É sua música e hino de morrer.
E não adormeço que não deixa,
Ele que decai donde os deuses partiram.
Cravou as garras, esse suspiro,
No peito que o quer matar.
Crava e rasga, que egoísta…
Que é contínua a fome de rasgar.
Mas se pende preso a mim,
Permito que penda, balance e oscile,
Que eu balanço e oscilo até cair.
E, nessa altura, suspiro que pende, caído
Cairá do peito, também comigo.
E, então, não mais o irei sentir.
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11 comentários:
Que dedicatória linda :')
Um suspiro embala-nos até aos sonhos, por vezes. *
"O que não vai em lágrimas, vai em suspiros..."
...excelente composição
:D
Perfeito, dos teus meus preferidos.
Olá!
Obrigado por passares no Ipsis Verbis e teres encontrado um minuto para comentar. Agradecido deveras.
Não li muito do teu blog por questões de tempo, mas o que lí fez com que vá com vontade de voltar; e voltarei.
Obrigada a todos ^^
Sempre lindos os teus poemas *.*
MAMI!
Li mais um bom bocado. Parabéns pelo teu trabalho.
Vai passando pelo Ipsis Verbis; é bom saber que outros poetas por lá se deambulam.
Realmente..lindo
Dá vontade de continuar a ler, e quase de te pedir que continues para que não se tenha que parar..
Este especialmente está muito bonito, com tudo o que nele está contido!
Priscila
Sim, as paragens do comboio são sempre dolorosas. Enfim...
O poema está lindo, pra não variar :')
Beijinho*
" A grandeza não é onde permanecemos, mas em qual direcção estamos nos movendo. Devemos navegar algumas vezes com o vento e outras vezes contra ele, mas devemos navegar, e não ficar à deriva, e nem ancorados."
(Oliver Wendall Holmes)
Balança, balança...mas não cais!
Abraços :))
O suspiro que se exala...
Tão pesado no peito,
Tão apertado o coração...
Blood Kisses
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