Sinto-o, mas não o quero sentir, o que dói no espelho das lágrimas. Procuro o fim mas não o encontro, na cegueira que só a ti vê, no pranto dos meus olhos. Pois trespassas-me com palavras cruelmente piedosas, destilas-me em agonias e desalentos, desprezas-me com amabilidades e simpatias e recusas-me um olhar que não te ofereço.
Como sou culpada sem culpa destes eternos desesperos que me consomem! Insignificâncias e ilusões, penso eu. No entanto, algo mais. Estilhaço, então, a alma que me repugna, o pertence mais vivo que acalento, por quem mais sofro sem querer.
Morro assim, só, por fim sem ti, e inconsciente dessa dor, desse sentimento que, vil, me prendia livremente no teu olhar que só a mim não vê. Digo-te adeus, e quem és não sei já, mas sinto-o mesmo assim. Eterno sentimento parece, e que feliz desgosto me corrompe sem a permissão do sentir. Quero o nada do vazio, mas tenho mais que isso, sou mais que isso...
Oh! Maldito sejas por o que me levaste a ser.
5 comentários:
Adoro as contradições e pleonasmos, são extasiantes. Ficamos presos, tal como o narrador. Parabéns! ^^
Ai Leto, Leto... tens um talento incrível para a poesia não tens? xD Vou, em breve, começar a ler o 'Retrato' que tu me mandaste ok? :P
Bigadah, Kath =D
Jinhux**
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Ed! Que bom ver-te por aqui!
Já disse que não precisas de ter pressa em ler aquilo ;)
muito bem. retrata da agonia causada pelo amor.
para quem quer aprender a amar, ja sabes a dor. so te falta a parte boa... ;) eu sei que chegas la... stop thinking, little goddess. head first as long as i doesnt hurt anyone else
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