Não é amor o embalar das árvores
Pelo vento que as acaricia e despe,
Não é amor o ardor do fogo
Que te incendeia e amolece.
Não é amor a ferida inoculada
Por aquela espada que fere e trespassa,
Não é amor as pétalas que brilham frias
No decair da orvalhada.
Não é amor a bela jóia
Preenchida em sem fé recordações,
Não é amor o sentimento
Que se destila em desimoções.
Não é amor a carta a negro
Que tudo diz excepto temor,
Não é amor o ciúme assassino
Causador da impulsiva dor.
Amor, soberba fútil de mar, não és tu,
Nem o beijo que dão deuses ao nascer do mundo,
Não és a cruel ironia que se ergue
De um sagaz coração desnudo.
Nem mesmo és o que dizem não seres,
Pois por entre palavras e posturas
Não perscruto o teu indistinto profundo,
As tuas sortes ou desventuras.
2 comentários:
Bastante bom, refrescante para desenjoar de poemas de amor (ah ah, guilty xD). É uma boa alternativa a tentar descrever o amor.
Très bien. ^^
Bigadah =D
No entanto, esqueci-me de referir o quão vil é o amor... e a culpa é dos cúpidos, aqueles demóniozinhos que se fazem passar por anjos... vou fazer queixa deles à Afrodite, e eles verão! Muahahah!
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