No fim era tudo,
Um pouco de infinidade,
De dor e de alegria.
De dor e de alegria.
Era simples contudo,
Uma complicada simplicidade
De pôr-do-sol ou nascer do dia.
Era graciosa ninfa florida
Do ribeiro que se amansa
Por cantares campestres,
Mais que doce, querida,
Amada pela santa esperança,
Por quem tanto fizestes.
E agora pensar que sim,
Que consegue ser anjo
Num sorriso disperso;
Que consegue por bainha, espadachim,
Vencer o receio, que é tanto,
E unir do ódio o reverso.
Pois nada lhe é a vingança
O ódio é passado
E a dor cicatriz;
É simples, é criança,
Vem de longe do pecado,
É sagrada imperatriz.
Tão simples, como é pequena!
Frágil brisa que encanta
Ao bailar do luar.
É pétala de pena,
O impossível que se levanta
Das sombras do mar.
Deixá-la então partir, deixá-la voar,
Ao encontro da vida
Num sorriso de compaixão!
Deixá-la por ela navegar
De vela ao céu estendida
Na infanta proa do coração!
5 comentários:
recorreste à natureza para descrever subtilezas, as palavras que emancipas ao leitor eram delicadas e macias.
LEu-se facilmente condicionando uma escrita limpa de um português bastante ilustrado.
Gostei da forma como tentaste abordar de forma simples a simplicidade. Ainda que não te referisses só a tal 'objecto'.
Ainda bem que gostaste ^^
Jinhux**
Estranho. Apesar de não ser rimado tive a sensação de que estava a ler rimas ao longo do poema. Melhor, rimas não forçadas, apesar de não ter rimas. Credo, que confusão.
Bonito, Leto. =)
Tem rimas sim, Kath =P
Vê melhor e talvez as encontres escondidas algures, de estrofe em estrofe.
Beijos**
Ah, malandras, estão bem escondidas. x)
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